Ávaros
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Também são chamados de ávaros o povo moderno que habita o Cáucaso, especialmente o Daguestão.
Os ávaros eurasiáticos foram um povo nômade da Eurásia que migrou para a Europa Central e Oriental no século VI d.C. O domínio ávaro sobre a Planície Panônia (a região entre os Cárpatos, os Alpes Dináricos e os Bálcãs) persistiu até o início do século IX. Considerados um grupo túrquico proto-mongol, os ávaros habitavam originalmente a Ásia ocidental.
Ao adentrarem a Europa no século VI, receberam dinheiro do Imperador Justiniano para evitar o Império Bizantino, dirigindo-se portanto para o norte, para a Germânia.
Encontrando forte resistência dos francos e considerando a geografia local imprópria para seu estilo de vida nômade, voltaram-se para a Planície Panônia, que era naquele momento objeto de disputa entre os lombardos e os gépidas, ambas tribos germânicas. Ao lado dos lombardos, destruíram os gépidas em 567 e fundaram um Estado na área do Danúbio. Por volta de 568, forçaram os lombardos a deixar a região e invadir a Itália setentrional. Em 626, aliados aos persas, sitiaram Constantinopla mas não lograram tomá-la.
No período entre 630 e 635, participaram do Estado Onogur (Onogúria ou Grande Bulgária) juntamente com os búlgaros, formando um poderoso canato que se estendia da Panônia até a Ucrânia. Com o fim da aliança búlgaro-ávara, o Estado ávaro continuou a existir na Panônia até o século IX. No início daquele século, os ávaros foram subjugados pelos francos sob Carlos Magno e pelos búlgaros sob Krum.
Alguns estudiosos especulam que os ávaros teriam sido os primeiros a introduzir o estribo na Europa.