Strikeout
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No beisebol, um strikeout ou strike out (denotado por K ou SO) ocorre quando o rebatedor recebe três strikes durante sua vez ao bastão. Strikeouts são associados com dominância da parte do arremessador e/ou incompetência da parte do rebatedor; embora para rebatedores de força seja reconhecido que o estilo de swing que gera home runs também deixa o rebatedor um tanto suscetível a sofrer strikeouts.
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[editar] Regras
Um arremessador recebe crédito por (e um rebatedor é penalizado com) um strikeout em qualquer terceiro strike, mas um rebatedor é eliminado somente se qualquer dos seguintes for verdadeiro:
- o terceiro strike é arremessado e pego em vôo pelo receptor (incluindo foul tips);
- em qualquer terceiro strike, se um corredor de base está na primeira e há menos de dois eliminados;
- o terceiro strike é um bunt de falta e não é pego por um defensor.
Se o terceiro strike não é receptado e há dois eliminados, ou menos de dois eliminados e nenhum corredor na primeira base, o batedor se torna um corredor. Assim, é possível para o batedor ser eliminado por strikeout, mas ainda chegar à base a salvo se o receptor falhar ou for incapaz de receptar o terceiro strike claramente e não puder tirar o batedor por tag ou forçar sua eliminação na primeira base (no Japão, isso é chamado furinige(振り逃げ), i.e., swing and escape ou "swing e fuga"). Como resultado, os arremessadores, ocasionalmente, têm de ser capazes de registrar quatro eliminações em uma metade de entrada.
Na anotação, um strikeout no swing é marcado como K, ou K-S. Um strikeout “olhado” (strike out looking) (quando o batedor não vai para o swing em um arremesso que o árbitro então chama como terceiro strike) é, às vezes, marcado com um K invertido.
O uso do “K” para strikeout foi inventado por Henry Chadwick, um jornalista que é amplamente creditado como o criador da ficha técnica e do cartão de anotação (beisebol). Tanto a ficha técnica como o cartão de anotação persistem basicamente inalterados até hoje, assim como o próprio jogo, exceto pelo número de bolas e strikes permitidos ao arremessador e o batedor. A letra “S” era usada para marcar “sacrifício”, então o Sr. Chadwick decidiu usar “K”, com “K” sendo a última letra em “struck”. O Sr. Chadwick também inventou muitas outras abreviação de marcação no beisebol, como a utilização de números para indicar posições de jogadores (progredindo da “bateria”, arremessador [1] e receptor [2], pelo campo interno, com o shortstop contado após os homens de base, no número 6, ao campista direito [9]).[1]
A versão de que o Sr. Chadwick foi o primeiro a estabelecer o costume de usar a abreviação “K” é bem fundamentada, com a sobrevivência de documentos primários confiáveis e autênticos (ver a citação acima). Os que ignoram as contribuições do Sr. Chadwick especularam que o “K” foi derivado do sobrenome de Matt Kilroy, arremessador do século 19. Esta especulação até seria razoável: Kilroy fez muito para elevar a proeminência do strikeout, estabelecendo um recorde de todos os tempos de 513 strikeouts em 1886, só dois anos depois do arremessamento “overhand” (movimento com o braço por cima do ombro) ser permitido. O recorde de Kilroy, contudo, é para sempre confinado à sua era: o montinho do arremessador durante aquela temporada ficava a somente 50 pés (15,23 metros) do rebatedor; foi movido à sua distância atual de 60,6 pés (18,47 metros) em 1983. O recorde moderno (1901-) é de 383 strikeouts, mantido por Nolan Ryan, um a mais que os 382 de Sandy Koufax.
Ainda que a maioria das pessoas use “K” para strikeout, “SO” é a abreviação oficial usada pelo Major League Baseball.[2]
Fora isso, o “K” continua sendo usado por torcedores e entusiastas para propósitos outros do que registrar dados oficiais. Num ritual do beisebol, torcedores no estádio que estão sentados à vista do rebatedor (e das câmeras de televisão) fixam uma sucessão de pequenas sinalizações de “K” à grade mais próxima, acrescentando um para cada strikeout marcado pelo arremessador do time da casa. Como é tradicional para aqueles que mantêm um registro do jogo no papel, o “K” é colocado invertido caso o batedor tome um strikeout olhado. Praticamente, toda transmissão televisionada de um jogo da MLB em que o arremessador consegue um alto número de strikeouts (7 ou 8) incluirá uma tomada de uma plaquinha ou cartaz de strikeout de um torcedor, e se o arremessador continuar a eliminar batedores por strikes, as sinalizações muitas vezes serão mostradas depois de cada strikeout. No caso de um conhecido “arremessador de strikeouts” (strikeout pitcher) estar no montinho, as sinalizações serão mostradas desde o começo.
[editar] História
O strikeout é tão velho quanto o próprio beisebol. As Knickerbocker Rules[3] de Alexander Cartwright, redigidas em 1845 e consideradas a fundação do jogo moderno, definem o strikeout como se segue:
Three balls being struck at and missed and the last one caught, is a hand-out; if not caught is considered fair, and the striker bound to run. (Regra #11)
Esta é, essencialmente, a mesma regra em uso hoje, com a adição do strike "chamado" (called strike) (1858) e a cláusula de que o batedor está automaticamente eliminado se houver menos de dois eliminados e um corredor na primeira. Em 1880, as regras foram modificadas para especificar que um terceiro strike tem de ser pego em vôo. Em 1887, o número de strikes para uma eliminação foi modificado para quatro, mas prontamente mudado de volta a três na temporada seguinte. Um bunt de falta foi classificado como strike em 1894, e um foul tip em 1895.
[editar] Quatro strikeouts numa entrada
Se um terceiro strike não é pego pelo receptor (e não é resvalado), ele é um strikeout, e a vez ao bastão termina. Porém, com a primeira base vazia ou menos de dois eliminados, o batedor não está eliminado até ser sofrer um tag out ou force out. Em um wild pitch ou bola passada, o batedor pode muitas vezes avançar a salvo à primeira base. Se um corredor está na primeira base e há menos de dois eliminados, o batedor está automaticamente eliminado, como na regra de vôo no campo interno. Se houver dois eliminados, outro corredor pode ser eliminado por force out, como em qualquer outra bola em jogo. Se o batedor-corredor chega à primeira base a salvo, não há eliminação, mas o arremessador ainda é creditado com um strikeout.
É, assim, possível para um arremessador lançar quatro (ou mais) strikeouts numa entrada. O primeiro jogador de liga maior a ser creditado com o feito foi Jon André do New York Giants, em 4 de outubro de 1888. O feito uma vez raro, ocorrendo somente cinco vezes antes de 1956, é agora tão comum que aconteceu seis vezes em 1999. Chuck Finley o fez em 12 de maio e 15 de agosto de 1999 com o Anaheim Angels, e depois uma terceira vez em 16 de abril de 2000 com o Cleveland Indians. Finley é o único jogador a arremessar quatro strikeouts numa entrada mais de uma vez. Kerry Wood do Chicago Cubs eliminou quatro por strikeouts numa entrada em 2002, mas neste caso, dois batedores chegaram à base devido a bolas passadas pelo seu receptor Todd Hundley. [1] Isso pode ser bem creditado ao aumento no uso da split-finger e da forkball, ambos os arremessos que terminam no chão na plate quando eficazes e freqüentemente são difíceis de manejar pelos receptores.
Com qualquer corredor avançando para deixar a primeira base aberta se há menos de dois eliminados, o processo pode se repetir, levando a um quinto strikeout (ou mais) na entrada. Um quinto strikeout nunca aconteceu nas ligas maiores, mas ocorreu três vezes nas ligas menores, o mais recente por Mike Schultz para o Rancho Cucamonga Quakes, em 16 de julho de 2004.[2]
[editar] Referências e notas
- ↑ In baseball scoring, why is a strikeout marked with a K?. The Straight Dope. Página visitada em 20 Dec, 2005.
- ↑ http://mlb.mlb.com/mlb/official_info/baseball_basics/abbreviations.jsp
- ↑ Knickerbocker Rules são um conjunto de regras de beisebol formalizadas por Alexander Cartwirght em 1845. Elas são consideradas como sendo a base para as regras do jogo moderno.
[editar] Ligações externas
- Four Strikeouts in 1 Inning
- Líderes de todos os tempos em strikeouts na carreira, ESPN.com: Arremessadores Rebatedores